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Quando tocou o telefone e vi que era você, meu coração sentiu-se alegre, animado por ouvir a sua voz novamente. Mas o seu tom de voz não era o mesmo que eu costumava ouvir, era frio, sem emoção. O que fizera eu para que isso possa acontecer? Aonde eu errei? Quando será que o meu respirar irá parar de machucar alguém? Quando? Essas perguntas não só ecoavam na minha mente, mas também em meu âmago. Ainda me lembro das últimas palavras ditas: "Precisamos conversar, é um assunto importante."
São palavras simples para alguns, mas vindas de você com um tom sombrio pareciam como pedras pitorescas em minha alma. Não sei se a minha noite será agradável ou se o meu dia até o momento da nossa conversa será bom. Me sinto abatido, morto, destruído por dentro. A ansiedade e curiosidade tomam conta da alegria que eu sentira quando vi o seu número. Bem que eu sabia que essa calmaria duraria pouco e viria um turbulenta tempestade. Mas se for real o que o meu coração está sentindo peço-lhe uma coisa:
"Só quero que seja de uma forma rápida e indolor para que não atinja o meu ponto fraco.
O meu coração!"