Eu achei ter esquecido o caminho que as palavras percorriam no meu coração, mas a verdade é que me sentei a beira desse caminho e me deparei com a paisagem ao redor. Eu fiquei fascinado e deslumbrado com tudo que via fora do foco do meu caminho, pensava como havia perdido tanta coisa sem observar ao meu redor. No meio dessas observações, alguém me puxou pela mão e disse que havia mais para se observar, que eu deveria seguir mais a frente, ficar parado seria uma ilusão.
No meio de tantos olhares, eu me esbarrei no seu, eu fiquei atônito, totalmente sem reação. Achei que tudo aquilo seria algum projeto ilusório da minha mente, mas não era. Nunca pensei que em meio a um caos, eu encontraria um ponto de paz.
Em meio a essa paz, me encontrei sem escudos, meus sentidos dizem que não é necessário me defender nessa guerra e isso me tornou vulnerável mais uma vez. A vulnerabilidade é cruel, pois ela te deixa totalmente a mercê de todo o sentimento escondido, ela te deixa desprotegido de quem de fato você é.
Esse guerreiro está sem a sua armadura, afinal, é mais fácil escalar um castelo para te encontrar sem todo o peso dessas defesas. No entanto, essa armadura esconde as cicatrizes de guerras passadas, de vitórias bem-sucedidas a derrotas depressivas. Espero que elas não te assustem, mas foram elas que me tornaram quem sou. Não perdi a minha essência, mas aprendi a me desviar de algumas armas letais. Embora, escrever me faz ser vulnerável a você.
“Escrever é um deleite, outrora, um martírio.”